A poesia é uma das artes tradicionais, pela qual a linguagem é usada com fins estéticos ou críticos, ou seja, ela é um espaço onde tudo pode acontecer, dependendo da imaginação e do leitor.
Nossa cidade é rica em artistas, pelas ruas centrais até alguns versos são escritos, representando a sensibilidade, que parece ser uma das maiores características dos corumbaenses.
Não é por acaso que daqui parte o Caminho de Cora, grande poetisa goiana.
Para comemorar esse dia especial, segue abaixo o poema “Corumbá”, do poeta Érico Curado, pai do, também escritor, Bernardo Élis:
“Corumbá
As andorinhas voam pelos Céus,
Sôbre a amplidão de um vale dominado,
Ao longe, pelo vulto alcandorado
Dos três picos azuis dos Pirineus.
E o rio, ora coberto de alvos véus
De bruma, ora faiscando ao sol, dourado,
Desce, mavioso, ao canto enamorado
De patativas, sabiás, chechéus…
Calma, estrelando encostas e ladeiras,
Vejo a cidade, branca, entre palmeiras,
Sob os fulgores de um poente que arde…
Morrem no espaço as notas de um violino,
Ave-Maria! – soa grave o sino:
Abre-se o templo às orações da tarde.”
Poema retirado do livro “Poesia”, p. 93.